Dilma entrou na briga e juros do cartão de crédito estão abaixo de 10% pela primeira vez na história

O juro médio mensal do cartão de crédito rotatito ficou abaixo de 10% pela primeira vez, desde 1995, quando começou a ser acompanhada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). 

A queda foi de 10,41%, em setembro, para 9,37% ao mês, mas mesmo assim, as taxas ainda estão entre as mais altas do mundo. Foi o oitavo mês consecutivo de queda na taxa média geral para pessoa física, que passou de 5,81% ao mês, em setembro, para 5,50% (90,12% ao ano), também a menor da série histórica. A taxa média de juro mensal para empresas também caiu, de 3,31% para 3,17%, o que representa 45,43% ao ano.

 
A queda dos juros do cartão de crédito começou a aparecer em setembro, quando houve a primeira alteração depois de 33 meses de estabilidade na taxa. O movimento resultou da pressão da presidente Dilma Rousseff para fazer chegar aos usuários de cartão o efeito do forte corte promovido na taxa Selic, usada como referência para os empréstimos no País.
 

Quem começou baixar as taxas foram o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. “A tendência ainda é de queda para os próximos meses”, afirma Ribeiro de Oliveira, da Anefac. “Como os principais bancos reduziram suas taxas, inevitavelmente os outros bancos vão ter de fazer o mesmo para não perder clientes.”

Para o economista Roberto Luís Troster, que durante anos dirigiu a área econômica da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a tendência é de queda. Troster argumenta que “a taxa continua um absurdo”. Segundo ele, enquanto a taxa do cartão de países que cobram mais caro está na casa de 30% ao ano, na média, no Brasil ainda está em quase 200%. Na Argentina, por exemplo, a taxa média está em torno de 50%, já nos Estados Unidos é de 11,95% ao ano.

O levantamento da Anefac mostrou que, em outubro, os juros caíram em todas as linhas de crédito para consumidores pesquisadas.

fonte http://www.franciscoevangelista.com